terça-feira, 16 de junho de 2009

Vasco ()



Apesar do título, eu não vou falar de futebol.
(Hinos de aleluia no fundo)
A professora odiou meu trabalho dOs Lusíadas. Eu queria publicar o roteiro da peça aqui, pra se alguém precisar ler o Canto Nono ou se tiver curiosidade:
Os Lusíadas (canto nono)

Personagens – Vasco da Gama
- Âncora do jornal
- “Maquiadora”
- Grumete (Leonardo)

Âncora (sentada em frente à mesa, enquanto a maquiadora dá os últimos retoques na maquiagem dela) – Ande logo, que já vamos entrar no ar.
Maquiadora (séria) – já estamos no ar.
Âncora - O quê?! Fora daqui!!! Isso vai ser péssimo pra minha imagem!! ( a maquiadora sai. A Âncora pigarreia) – Bom dia, senhoras e senhores. Nessa edição do Jornal Literal, entrevistaremos o grande Vasco da Gama, herói português nas Índias. Pode entrar, senhor Vasco!
(entra Vasco da Gama, com uma camisa do Vasco F.C. está bravo e acompanhado de um grumete)
Vasco (resmunga) – Onde é que já se viu?
Âncora (sorri amarelo) – Bom dia, senhor Vasco!
Vasco – Ahn? Ah, bom dia.
Grumete (à plateia) – Viram? Fui ignorado na cara dura. Vida de pobre é uma m...
Vasco (ao grumete) – Cala a boca!
Grumete (se encolhe, emburrado)
Âncora – Bom, senhor Vasco. Tudo bem?
Vasco (lamenta-se) - Não. Tá vendo isso? (aponta o brasão da camisa. A Âncora assente com a cabeça) – Não acredito que nós fomos rebaixados e ainda perdemos o estadual!!! (chora)
Grumete – Capitão, não fica bem pro senhor chorar assim (dando uns tapinhas nas costas do Vasco)
Vasco – Cale-se! Futebol é.. É...
Âncora (pigarreia) – Senhor Vasco, poderia... uhn, a entrevista...
Vasco – Ah, é! Eu sou um herói! Diga, bela dama!
Âncora (¬¬) – Todos nós sabemos que a armada portuguesa sofreu muito nas mãos dos mouros.
Vasco (convencido) Sofremos nada. Eu sou o melhor capitão de todos!
Grumete (à plateia) Que decadência.
Vasco (ignora) como eu estava dizendo, nós estávamos ancorados na cidade gentia, numa boa...
Grumete – Comendo e bebendo à custa dos Mouros...
Vasco – Cala a boca!
Âncora – por favor, senhor Vasco...
Vasco – os mouros não queriam comprar nossas fazendas, só de sacanagem.
Âncora (suspira)
Vasco – Eu, que já tava querendo ir embora, me decidi quando o meu grande amigo, o sultão Monçaide, me falou que eles estavam esperando as naus de Meca pra acabar com a gente.
Âncora - Mas por que ele disse isso? Não era uma armadilha?
Vasco – Era. Mas, como nós somos amigos, ele achou que era sacanagem o que tavam fazendo.
Grumete – Mentira. Foi Zeus que amoleceu o coração dele...
Vasco – Quieto! Eles prenderam os nossos feitores, o que me deixou p. da vida! Mandei prender uns mercadores ricaços que conseguimos pegar e não soltei até eles devolverem tudo o que tinham pegado!
Grumete – Nem devolveu tudo.
Vasco – Cala-boca! (Pára pra secar a maquiadora, que entra em cena pra arrumar a âncora. Quando ela sai, continua) – A tripulação tava louca para chegar em casa, mas eu disse não e aportamos na Ilha dos Amores, onde eu sabia que Vênus tinha preparado um belo comitê de recepção...
Grumete – Sabia nada, ela que nos guiou até a ilha.
Vasco - Quieto! Como eu dizia, antes de o Leonardo me interromper, nos prepararam uma bela recepção, com um monte de Nereidas (safado), umas ninfas do mar gostosíssimas!
Âncora – (interrompe) Peraí! Ele é o Leonardo?!
Grumete – (humilde) é... Sou...
Âncora – Camões dedica oito estrofes pra você! Conte-nos o que houve na ilha!
Vasco – Mas...
Grumete – Cala a boca! Bom, quando a gente desceu do barco, fomos caçar. A gente tava doido por terra. Quando vimos as ninfas, putz, ficamos todos doidos.
(Vasco fica de cara feia)
Grumete – Eu sempre pensei que fosse azarado no amor, mas tinha esperança e, ó, consegui! Ela fugiu de mim no início, mas...
Vasco –(metido) Eu catei a Tétis, superior de todas!
Grumete – Grande coisa, era mulher igual às outras.
Vasco – (Triste) – Verdade. Foi foda descobrir que os deuses eram humanos iguais a nós, só ficaram famosos e os homens os consideraram imortais.
Âncora (pensa) – É, faz sentido.
Vasco (fica pensativo)
Âncora - Agora vamos encerrar que o povo precisa terminar de apresentar o trabalho.
Vasco (descobriu a pólvora) - Ei! Isso significa que eu vou virar um deus também!
Maquiadora (entrara pra arrumar a maquiagem da âncora) não, você não vingou.
Vasco (fica deprê)
Âncora – Encerra aqui mais um jornal literal. Obrigada pela atenção.

(todos dão tchauzinho, só o Vasco que fica tristinho)

FIM

Miaudito - Ficou uma merda mesmo.
Eli (amarra o gato na cortina) - Bom, como eu ia dizendo, choveu pra caramba (ainda chove) e eu tou com sono.
Kakashi - Ei, Kiyamada. Tu te molhaste, toma uma cachacinha pra te aqueceres por dentro.
Eli - Ahn? Ah, onde eu tava? Ah, é. Graças a Deus que tá chovendo!
Iruka - ¬¬


Solamen miseris socios habuisse doloris "O consolo dos desafortunados é ter companheiros no infortúnio"
lol Isso é real. Muito mesmo.

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