segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Arco-íris literário



Wilde pensando em Shakespeare


Amanhã vai ter prova de estudos literários (com o meu professor gremista) e eu tava relendo, só para estudar, do Cânone Ocidental, de Harold Bloom, Uma Elegia para o Cânone.

Pra quem não sabe, o Bloom é um crítico ianque que idolatra Shakespeare.

E, lá, dizia: "A arte é inteiramente inútil, segundo o sublime Oscar Wilde, que tinha razão a respeito de tudo." Esse tudo é estranho pra caramba. O Wilde era gay. Se o Bloom concorda com tudo que ele fala (se tu achas que alguém está certo a respeito de tudo, obviamente tu concordas em tudo. Ou não?), então acha que ele tinha razão a respeito de homens. Ou seja...




















Me reservo o direito de não concluir a frase.

domingo, 26 de setembro de 2010

Sucão

Eu tinha escrito um post sobre sucões, mas ficou antipático pra caramba e eu não queria que vocês ficassem com raiva deles, então eu não vou postar.

O fato é que eu tou me sentindo doente, e eu fico absolutamente chata quando estou doente. Mas isso é plenamente aceitável. Ninguém fica simpático quando está mal.

E é isso. Não gostou? Some.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Faquir Ocidental



Antes de mais nada, queria esclarecer o que significa faquir, segundo o meu dicionariozinho. Aqui diz:

S.m. Asceta, penitente; pessoa que se exibe como insensível à dor, às necessidades físicas.

Bom, tomando isso como pressuposto, eu gostaria de contar pra vocês que faquires não são encontrados somente na Índia, sentados sobre pregos, passando fome e com um braço eternamente erguido e unhas imensas. Floripa também tem faquires. E terça-feira eu vi um deles.

Era meio-dia. Eu tinha saído da UFSC e tava no ônibus, atravessando a ponte em direção ao continente. Chovia e todo mundo tava reclamando do frio. Olhei pra baixo, na calçada do lado da ponte eu o vi.

Era um cara alto (eu acho que era alto, de longe é difícil dizer) e magro. Moreno que nem o Bin Laden, barba e cabelos curtos – mas não muito. Bom, mas não é isso que importa. O que interessa era que ele tava só com uma cueca preta, tomando banho e lavando um pano preto numa torneira da Casan – ou seja, água gelada!

Na hora em que vi, eu só pensei “que bicho loco!!!” Agora, quanto mais eu penso nele, mais eu penso como um guru, um líder espiritual, tipo o Isaías do Ensaio da Paixão (do Cristóvão Tezza), que guiava um bando de doidos num ensaio de um teatro insano, lotado de maconheiros.

Bom, é isso. Floripa tem seus faquires. Assim que eu vir outro, conto pra vocês. Agora a pergunta é: o que o cara tava lavando? Será que era um tapete mágico?

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Motivação no ônibus lotado

Hoje ao meio-dia, o ônibus demorou mais de 40 minutos para fazer uma viagem de menos de 15. E eu louca de fome, vontade de vomitar e dor de cabeça. Fila é um saco.

E aí eu fiquei olhando pra tevê que tem dentro do busão. Uma das mensagens que passavam lá era uma tal de "motivação", Mente Global, acho. Eu não lembro direito o que dizia. Fui procurar na internet e achei isso:

É o site do cara que escreve aquelas bobagens. Coragem, filho.

E tipo assim, eu fiquei mais deprimida de ler aquilo. Primeiro porque eu não entendi nada. Segundo, porque tinha uns quantos erros num textinho pequetirrucho.

Visitem o cara .Se acharem que vale a pena, claro.

Outra coisa: a foto dele me lembra um livro que li, chamado "Elogio da Mentira", da Patrícia Melo - acho. No livro, o cara era um escritor de quinta categoria que catou uma foto do falecido irmão dele, que era bonitão e simpático, começou a escrever livros de auto-ajuda e ficou rico.



Eu também quero.

E aqui vai a minha frase motivacional:

"Não há nada de bom ou mau sem o pensamento que o faz assim"

Bonito, né? Só que não fui eu que escrevi. Foi o Shakespeare.

Se fosse minha, seria algo como "Ontem o Avaí perdeu e o Colorado ganhou."

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Promissória

Bom, essa fic é dedicada ao chibi-chibi Felipinho, colega de aula da Gremista que, ao contrário do resto do povo pra quem eu dedico fic, pediu a benedita. Ei-la aqui.

É uma yaoi lime original. Se não te encarnas, existe um xis vermelho no topo da página.


Promissória

Estarei eternamente, como Prometeu acorrentado esperando ansiosamente o abutre de tuas palavras, pois ele significa que tu me notas. Eu, Prometeu, pagando eternamente pelo crime de te entregar meu amor.

Tenta, tenta te livrares de mim. Por mais que me maltrates, estarei contigo, minha presença eterna e obsessiva, tão eterna e obsessiva como essa bênção de amor maldito, a minha salvação e a minha perdição.

A NOSSA salvação e a NOSSA perdição, porque eu só consigo sorrir se penso que o contrário é verdadeiro, que tens uma dívida comigo, uma dívida de amor, e que só vais poder viver sem mim quando a pagares minha dor.

E, nesse ínfimo instante, que te curvares sobre a minha boca, quiseres saldar tua dívida sorvendo minha saliva, acarinhando minha língua, mordendo meus lábios, agarrar-te-ei com todas as minhas forças. E só me darei por satisfeito quando meu corpo te pertencer, nós dois unidos e confundidos num só gozo.

E aí não haverá mais dívida entre mim e ti. Porque eu e tu não seremos mais eu e tu, seremos um único nós, eterna e indissociavelmente. Um único nós, com o insano e egoísta propósito de amar a si mesmo, de satisfazer e preencher a si mesmo.

Como o fazes tu agora. Maltratas-me para o teu prazer. E, se isso, ver-me sofrer, te faz feliz, eu sofrerei com a luxúria com que desejo me entregar a ti; suportarei tuas palavras acres entreabrindo os lábios, como se elas fossem beijos famintos; gemerei de leve ao teu olhar de escárnio, imaginando mordidas de êxtase; contorcer-me-ei e gritarei diante de teu riso cínico: ele me será teu corpo dentro do meu, tomando o que guardei e guardarei exclusivamente pra ti. Gozarei tuas brincadeiras maliciosas junto contigo: elas marcarão um breve fim, o auge do êxtase, e um novo início do ato.

E eu juro, nada disso é mentira: eu mordo a mão para não gritar.

-x-x-x

E aí, chibi-chibi Felipinho? Gostasse?

E, antes que alguém pergunte cadê o yaoi, está subentendido no gênero de alguns adjetivos. Se a fic fosse em inglês, não seria yaoi.

Deixem comentários.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Things That Don't Chart in Billboard


Surpresos com o título? Eu sei que vocês esperavam alguma coisa em latim. Mas eu explico:

Trata-se de um álbum criado totalmente no computador por um amigo meu, o Everton Klein.

E eu vim aqui falar sobre ele. Sobre o álbum, não sobre o Tom.

Segundo o próprio Tom, "tem algo de Jazz, de música erudita Moderna e até de trilha sonora de jogos de Snes". Como eu sou uma pamonha em tipos de música - tenho até dificuldade de diferenciar metal melódico de sinfônico -, eu não sei explicar exatamente o que isso signifique. Mas, eis as minhas opiniões:

Bom, é um álbum totalmente experimental - não esperem nada óbvio ou comum, porque não é. E nem um pouco fácil. Não há letra - pelo menos eu não consegui identificar nada cantado, mas isso não diminui a obra. Penso até que, justamente por isso, ele tente compensar com ritmos alternados e pouco conexos. Geralmente eu não gosto de músicas somente instrumentais, nem consigo ouvir por muito tempo, mas essa mistura de ritmos compensa a ausência de vocal.

As músicas têm muito mais relação entre si que internamente. Explico: se ouvir o álbum todo, se tem a impressão de que é uma única música, longa e caótica. Se ouvir uma música só, a impressão é que são várias músicas curtas.

Às vezes parece aquelas musiquinhas alienígenas, com uns sonzinhos agudos e engraçados. Às vezes ele fica bem tenso, outras parece até música ambiente.

Outra confissão: a faixa The Beagle Puppy in the Oven Incident eu não consegui ouvir toda. Tem uma batida contínua que o meu cérebro não suportou.

A música Largo começa com o som dumas gotinhas caindo. Gostei muito. E o melhor é que elas permanecem.

A Ensemble termina com um som caótico, a despeito de ser calma, quase lenta. Eu ia gostar mais dela sem esse final.

A mais alienígena é a Intro. Tem uma hora que parece que ela acabou, e logo começa de novo.

Bom, e algumas partes parecem aqueles toquezinhos de celular - mas não são chatas. Chega a ser bonitinho.

E não deixem de ouvir Concert to Clockwork and Teapot. Muito boa.

Bom, pessoal, é isso. Se tiverem interesse, baixem aqui: http://www.4shared.com/file/179279993/99391b74/TM_-_2009.html

Os comentários ao álbum postados aqui serão repassados a ele.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tirinhas

Eu adoro tirinhas. E, aqui, faço homenagem aos meus personagens favoritos:

1. Vou começar com o mais famoso de todos, Garfield.

Um gato gordo, guloso, egoísta e cínico.



2. Em seguida, o Hagar:
Gordo,guloso, burro, porco e bebum.



3. Depois, o Radicci.
É o menos famoso, talvez porque o tema do colono italiano seja quase uma piada interna, que poucos fora do eixo RS-oeste catarinense vão entender.
Gordo,guloso, burro, porco e bebum.



Reparem na semelhança dos três.

E outro muito bom é o Níquel Náusea:

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Pink Freud

Eu pensei muito nisso e, hoje, descobri que já tinham pensado antes.

Mas ficou bem bonitinho, até.


Eis o álbum da exelente banda alemã Pink Freud, de um rock introspectivo, melancólico e analítico.

Eu só achei o estilo da capa um tanto berrante.

Eis um célebre fã da banda, o Analista de Bagé:


Ele recomenda!

Compre itens da banda: http://www.squidoo.com/Freud-Gifts

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tipos de homem

Bom, vamos lá:

Bonitinhos : esses nem deveriam estar aqui. São, na verdade, uns frutinhas que só menininhas pequenas gostam. Na verdade, eles também são crianças. São todos iguais: carinha de anjo, cabelinho claro e arrumadinho, boquinha macia, pele suave.
Geralmente, ao crescer, poderão ser incluídos no grupo "Simpáticos" a seguir.
Exemplo:

Justina Biba

Nojentos: São aqueles tipos motorista de caminhão - nada contra motoristas de caminhões - com o cofrinho aparecendo, sujo, barba malfeita, bafo de cana que tu pensas: "blargh, como uma mulher pode ficar mais que cinco segundos junto com esse cara?"

Exemplo:

Radicci

Gatos: São aqueles sujeitos com o corpo escultural, - atente na largura dos ombros e a circunferência dos braços - o rosto harmonioso, pele bronzeada, alguma barba curta, etc, etc. São raros e, em geral, se acham e nem todos são inteligentes. Não é aconselhável pegar um, até porque vai tar cheio de vaca atrás dele.
Exemplo:

Henri Castelli

Arrumadinhos: São aqueles caras nem bonitos nem feios, que se encontram aos montes por aí. Podem ser o caixa do banco ou o cobrador do ônibus. Geralmente são simpáticos, porque sabem que não têm nenhuma qualidade especial, que os destaque dos outros. Altamente pegáveis.
Exemplo: o carinha que tá do teu lado na lan house.

Feios: São como os arrumadinhos. Mas eles têm um tchã, que os distingue dos demais. À primeira vista, podem assustar. E são muito mais pegáveis, porque mulher nenhuma vai querer um feio que é seu. Basta escolher o seu tipo. E é só seu. O meu tipo^-^
Exemplo:

Fabio Lione