Cigarettes and Valentines

Parabéns pra você
Nessa data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida!!
Viva a Opheliac!!!

Eeeeeeeeeee!!!

Bom, minha querida amiga Jane Lee, Opheliac, Maria Cecília ou o que você preferir que eu te chame, eu escrevi essa singela fic pra comemorar o teu aniversário. Eu espero que tu gostes, porque eu fiz de todo o meu coração.

Bem, como eu não sou fã de Green Day, todas as informações referentes a eles foram retiradas da Wikipedia (em italiano ainda) e não são confiáveis, portanto.

Avisos: Contém yaoi, uso de drogas lícitas.

Cigarrettes and Valentines
I don't wanna go back home
I don't wanna kiss goodnight
Let us paralyse this moment 'till it dies
To the end of the earth

Eu não quero voltar para casa
Eu não quero beijo de boa noite
Vamos paralisar este momento até que morra
Até o fim do mundo

Eu o vejo, mal escondido atrás de uma cortina de fumaça branca. Ele tenta acender o cigarro, o enésimo da noite, eu mesma já perdi a conta de quantos ele já fumou só nessas últimas horas. Eu já perdi a conta, eu que sempre quis que ele parasse de fumar, que contei cada cigarro, que sempre me incomodei que ele fumasse.

Mas, hoje, só hoje, isso me alivia, porque eu prefiro vê-lo fumando a vê-lo chorando.

Billie percebe que não adianta acender um novo cigarro: já tem um que ainda vai pelo meio e cai novamente em desespero, que o trabalho de lidar com o isqueiro nos estertores com as mãos trêmulas tinha ajudado a mascarar por segundos.

Pára, pára de chorar, por tudo que há de mais sagrado!

Se ele ao menos pudesse me ver, eu poderia protegê-lo, abraçá-lo, consolá-lo. Mas não. Aqui estou eu, Ofélia, relegada à posição infeliz de anjo da guarda de mãos atadas.

Mesmo que ele pudesse me ver: quer ficar sozinho com a dor. A dor que o faz chorar, e fumar feito um louco, remoer a mágoa de seu coração partido.

-Mike...

Ele sussurra. Oh, Deus, eu quero poder fazer alguma coisa. Por que não pude impedi-lo de ver? Por quê?!

E ele repassa, revê a cena. Na cabeça, milhares de vezes.

Ainda era dia. BJ procurava o amigo, queria lhe mostrar uma nova música, queria falar com ele. Ao menos vê-lo, nem que fosse de longe.

Amava-o. Loucamente. Como nunca amara ninguém. Como jamais amaria ninguém na vida.

Under the valley of the stars
There's a car crashing
Deep inside my heart

Sob o vale das estrelas
Há um acidente de carro
Bem dentro do meu coração

E ele viu. Estavam os dois enroscados, num beijo louco que jamais imaginara Mike dando em alguém. Só em si próprio, Joe sonhara quantas milhares de vezes em receber do Dirnt aquele beijo apaixonado, um beijo de quem prometia mil e uma noites de loucura e depois mais mil e uma e mais...

Estava tudo acabado.

Mike Dirnt desejava outra pessoa, amava loucamente outra pessoa. Homem ou mulher? Não importava. De qualquer jeito, era um muro intransponível.

Billie Joe Armstrong, derrotado, vencido, humilhado, deu meia volta: não queria contemplar por mais tempo o horrendo episódio que se repetiria durante toda a noite. Acendeu o primeiro cigarro, primeiro de uma cadeia interminável de milhares de outros, e se enfiou em casa, desejando a morte.

E eu, Ofélia, anjo da guarda de um ateu, fico ao lado dele, até o fim, protegendo o seu pobre pulmão sufocado e seu coração maltratado.

-s-s-s-s-s-s

Bom, eu recortei a música porque achei que essa passagem, somente ela, já era suficiente para contar a história. E não, eu não a ouvi.

E teve uma coisa bem estranha que aconteceu quando eu fui pesquisar:

Como eu tou tentando aprender italiano (na marra) eu acessei a Wikipedia em italiano. Aí, na página do Mike Dirnt, dizia o seguinte:

"Dirnt" è il cognome del padre adottivo, morto quando Mike aveva 17 anni.

Que é, segundo meu paupérrimo italiano, "Dirnt é o apelido do pai adotivo, que morreu quando Mike tinha 17 anos".

Mas, no Vagalume, dizia que os pais adotivos dele são separados!

Eu não fui pesquisar qual era a verdade, porque a preguiça-sama me impediu. Alguém me explicaria de uma maneira bem fácil? Se não, deixa quieto.